quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Por R$ 300 milhões, Lenovo compra a CCE e quer ser líder em PCs no Brasil



CCE e Lenovo
CCE e Lenovo


























Como era esperado, a Lenovo anunciou hoje a compra da brasileira CCE em um negócio envolvendo R$ 300 milhões. Sem esconder o jogo, o objetivo dos chineses é bem claro: virar líder no segmento de PCs no Brasil desbancando a Positivo, atualmente no topo.
O valor da compra ainda pode subir, em até R$ 400 milhões, se alguns indicadores de desempenho forem cumpridos pela CCE até 2016. A compra engloba as empresas Digiboard (que fabrica as placas eletrônicas e painéis de telas), Digibras (dona da marca CCE e responsável pela montagem de produtos) e Dual Mix.
Em 2011, a CCE, que possui 6 mil funcionários em sete fábricas distribuídas entre Manaus e São Paulo, faturou US$ 1,6 bilhão. A Lenovo garantiu que manterá a equipe administrativa da CCE e não realizará demissões. A empresa, que é líder ou ocupa as primeiras posições no mercado de PCs de países emergentes como Rússia e Índia, espera repetir o sucesso no Brasil com a compra da CCE. No comunicado enviado ao mercado financeiro de Hong Kong, a empresa disse:
“Nos últimos anos estabelecemos uma posição número um em mercados emergentes e esperamos fazer o mesmo no Brasil. Atuamos forte nos grandes mercados emergentes. Somos dominantes na China, estamos em terceiro na Rússia e em primeiro na Índia, e estamos investindo pesado no Brasil.”
Além da compra da CCE, recentemente a Lenovo investiu R$ 30 milhões em uma fábrica em Itu, no interior paulista. Eles não estão para brincadeira.



sexta-feira, 27 de julho de 2012

Google lança a 'Fiber' nos EUA, internet via fibra de 1000 Mb/s


A conexão à Internet via fibra de 1000 Mb/s do Google foi lançada hoje

Por enquanto é só para os moradores de Kansas City, mas o Google Fiber chegou — e com pacote de TV junto.
Google Fiber
Google Fiber
Banda larga de 1000 Mb/s do Google finalmente foi lançada hoje em Kansas City

A inacreditável banda larga de 1000 Mb/s do Google finalmente foi lançada hoje em Kansas City. O serviço não tem limite de banda, não tem taxas absurdas e vem com 1 TB (!) de espaço gratuito na nuvem.
Além da conexão super rápida à Internet, o Google também trouxe um novo serviço de TV chamado Google Fiber Television. O serviço se parece muito com o Google TV, mas é mais limpo e pode gravar até 500 horas de programas em alta definição. Haverá apps remotos para iOS e Android, ambos com controle por voz e em algum ponto futuro também terão streaming de vídeo. O pacote de TV terá toda a rede aberta, junta com centenas de “canais Fiber”.
Ah, e o controle remoto padrão? Um Nexus 7. Que você recebe de graça quando assina um pacote de TV.
Existe uma taxa de construção de US$ 300 para instalar a conexão em sua casa, porém. Mas o Google está anulando essa taxa para novos clientes neste início. A Internet e o pacote de TV, junto com 1 TB de armazenamento, custa US$ 120 por mês. A Internet apenas, com o 1 TB, custa US$ 70/mês. E se você decidir pagar pela taxa de construção, ganha a opção de um pacote de Internet GRATUITO de 5 Mb/s para download e 1 Mb/s para upload. É possível parcelar o pagamento em US$ 25 por mês no primeiro ano, com no mínimo 7 anos de serviço gratuito também.
Sabíamos que o Google poderia ter algo como o Google Fiber Television sendo feito. Agora que ele se tornou realidade, fica claro que todas as empresas estão tenta reinventar a TV. O Google se transformou em uma provedora a cabo; o Roku foi absorvido por uma criadora e distribuidora de conteúdo; e a Apple está observando tudo.
A distância entre o Google Fiber e a concorrência é cômica. Embora o Google Fiber só esteja disponível em Kansas City no momento, o mais próximo que você pode chegar da sua velocidade é com a conexão via FiOS de 300 Mb/s da Verizon, que até chega à velocidade prometida, mas em geral opera em uma bem mais baixa. E ainda assim é mais de três vezes mais lenta que a conexão gigabit que o Google acabou de lançar.
Esse alcance e desempenho fez com que competidoras ficassem assustadas o bastante para oferecem recompensas por informações in loco do Google Fiber.  do Google Fiber.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

A batalha da Microsoft pelo sucesso do Windows 8 é a guerra de muitos.

Na guerra para emplacar o Windows 8, a Microsoft não está sozinha

Na linha de fogo.
Na linha de fogo.
























Durante esta semana, na Computex, fabricantes de PC estão demonstrando dispositivos híbridos de todos os tipos. Eles são divertidos, desengonçados, gadgets pequenos e levemente confusos, mas eles são também um lembrete de que a Microsoft não está sozinha em sua enorme aposta no Windows 8. Está todo mundo no mesmo barco.
Ninguém nega que o Windows 8 tem uma bela interface de toques. Já faz tempo que curtimos o Metro no Windows Phone. Mas a mistura cruzada de tablets e notebooks é algo totalmente novo e só possível com a plataforma unificada do Windows 8. É por isso que temos o novo ASUS Taichi e o Lenovo Yoga e mais um punhado de mutantes tablets-ultrabooks. Mas todos os híbridos incríveis, peculiares e chocantes que os parceiros OEM da Microsoft estão liberando dependem da esperança que a Microsoft deposita em achar que as pessoas gostarão do Windows 8. Eles comprarão e amarão e usarão o sistema da forma exata que a Microsoft planeja? Isso está longe de estar garantido.
As reações à interface Metro do Windows 8 em PCs tradicionais estão polarizadas. É mais correto dizer que se trata de uma guerra santa, na medida em que a nova religião do Metro blasfema contra os conhecidos Deuses Antigos do PARC.
Tradicionalmente, produtos Windows bem sucedidos não foram modificadores do status quo. O Windows 7 é de fato apenas uma versão ideal do Windows XP, que foi uma versão ideal do Windows 95, que foi uma versão ideal do Windows 3.1. E assim vai. Iterações bem sucedidas se apoiaram nos ombros da atualização incremental. Mas o Windows 8 não é apenas a última iteração do Windows — é a entrada de Redmond como um concorrente viável para tablets e uma investida agressiva na consolidação entre mobilidade e PCs desktops de uma forma que a Apple sequer pensou a respeito. É uma jogada bastante ambiciosa.
Você simplesmente não pode diminuir a importância que a vitória do Windows 8 tem para a Microsoft e suas parceiras em hardware, as duas partes perdendo espaço para a Apple no mercado de notebooks e deixadas de fora na corrida dos tablets. O Windows pula de cabeça nas águas onde a Apple, até agora, só molhou as pontas dos dedos dos pés. A convergência iOS-OS X se aproxima — a influência do poderoso chefão do iOS Scott Forstall pode ser sentida em todos os produtos da Apple —, mas ainda está longe de acontecer. A Apple tem sido relativamente reservada sobre fazer grandes mudanças, amenizando as que talvez empurrassem para o usuário mais drasticamente a ideia da convergência mobile-PC.
O Windows 8 segue essa passada. Ele é essa passada. Mas diferente da Apple, que fabrica e lucra em cima do seu próprio hardware, o reino da Microsoft ainda é construído com software. Ela é a líder na guerra do Windows 8 para unir tablets e notebooks. Mas são Acer, Samsung, ASUS e Lenovo quem estão subindo a colina.
Cada fabricante de hardware PC está na cama com a Microsoft nisso. Sim, as linhas se manterão diversificadas — o ASUS Zenbook UX31XA é um ultrabook puro, por exemplo — e ultrabooks atuais continuarão saindo com Windows 7, dando a usuários uma alternativa caso eles odeiem o Windows 8. Mas um ultrabook com Windows 7 tem as mesmas chances de competir com a força abismal da Apple que sempre teve: não muitas. O que tem alguma chance? Novos formatos. Tablets que viram notebooks, dispositivos Voltron, uma geração totalmente nova de computação. Pela primeira vez em muito tempo, fabricantes de PCs podem oferecer algo fundamentalmente diferente, empolgante, único. O que não sabemos ainda é se alguém está de fato interessado em comprá-los.
E é isso: se essas coisas fracassarem, elas serão um grande fracasso. É simples e óbvio, e saberemos a resposta cedo ou tarde. Isso seria um desastre para a Microsoft — se você começa perdendo todos os jogos de cara, o título do campeonato fica difícil de ser conquistado.
É por isso que Steve Ballmer está fazendo de tudo para exaltar os números iniciais de adoção do sistema. É claro que possíveis 500 milhões de máquinas com Windows 8 no dia do lançamento não significa que as vendas serão tão altas, afinal o Windows 7 só vendeu 350 milhões de cópias após 18 meses no mercado e o Vista, 180 milhões no mesmo período. Mas a mensagem que se quer passar com isso é: não tema, as pessoas comprarão.
O caso mais popular de uma falha da Microsoft é o Vista, que foi destruído em um nível fundamental de formas básicas. Mas foi o seu desempenho, não a estética, o que afastou os usuários — especialmente os casuais, mães e pais que foram alertados a FICAR LONGE O QUANTO POSSÍVEL DO VISTA PORQUE EU VOU PARAR DE VIR AQUI ARRUMAR SEU COMPUTADOR.
O Windows 8 não é o Vista. É o oposto dele. É extremamente amigável ao usuário e convidativo. A Microsoft está confiando que a imagem de “Windows para pessoas reais” seja convertida em pessoas reais comprando de fato o sistema. E elas poderão! Mas se não acontecer, serão anos difíceis para a tripulação de Ballmer; e para todas as fabricantes que estão pegando carona no mesmo barco.

Fonte: http://tecnologia.br.msn.com/software

Os preços do Samsung Galaxy S III em cada operadora

Confira os preços do Samsung Galaxy SIII em cada operadora de telefonia celular e no varejo.

Galaxy S III
Galaxy S III
























Você já sabe de tudo sobre o Galaxy S III e já viu nosso hands-on. Se o que faltava eram os preços na operadora – o aparelho fica mais atraente em planos pós – então não falta mais. Eis os preços do Samsung Galaxy S III nas operadoras e no varejo.
Vivo
O Galaxy S III custa R$1.199 no plano Vivo Smartphone Ilimitado 3GPlus 200, com torpedo e DDD/roaming ilimitados. O aparelho pode ser parcelado em até 12x, e o plano custa R$229 mensais.
No plano Vivo Smartphone Ilimitado 60, com mensalidade de R$84, o aparelho sai por R$1.699.
No pré-pago, o Samsung Galaxy S III custa R$2.099.
A pré-venda começa hoje no Morumbi Shopping, em São Paulo, e você leva o aparelho na hora (enquanto durarem os estoques). O aparelho chega em todas as lojas a partir de 14/06 (quinta-feira).
TIM
O Galaxy S III sai por R$1.999, tanto no pré-pago como no pós. No pré, você parcela em até três vezes; no pós, pode parcelar em 12x.
No caso do pós-pago, a TIM cobra 12 parcelas de R$216 pelo aparelho mais o plano TIM Liberty+50 (o plano custa R$49). Isto não inclui a internet: o plano Liberty Web Smart sai por mais R$29,90 mensais.
O aparelho chega às principais lojas da TIM no dia 11/06 (segunda-feira), mas haverá pré-venda no Morumbi Shopping a partir de hoje.
Oi
A Oi tem duas opções de pós-pago: ou smartphone com desconto, ou plano sem multa. No Oi Smartphone 400, o Samsung Galaxy SIII sai por R$1.099 em até 12 vezes. O plano custa R$179 mensais, inclui 200MB de internet e tem multa se você sair antes de doze meses.
No pós sem multa (Oi Conta) e no pré-pago, o aparelho custa R$2.099.
O pré-lançamento do aparelho será hoje no Morumbi Shopping, em São Paulo. E a Oi tem uma promoção no Facebook que dará dois Galaxy S III.
Claro
A assessoria de imprensa da Claro ainda não divulga os preços do Galaxy S III. Atualizaremos o post com os valores oficiais da operadora.
A Claro oferece o aparelho em pré-venda a partir de hoje, às 12h, em sua loja do Morumbi Shopping.
Varejo
O Galaxy S III ainda aparece como esgotado em diversos varejistas online, como Americanas, Submarino, Ponto Frio, Fast Shop e  Magazine Luiza.

A nova internet começa agora

O IPv6 chegou para nos salvar da falta de endereços IPv4. Agora podemos criar até 340 trilhões de trilhões de trilhões de endereços.
IPv6
IPv6
Toda uma nova versão da internet está prestes a começar. 06/06 para o IPv6! Ele chegou para nos salvar da falta de endereços IPv4. Se tudo parece o mesmo que antes, ótimo: quer dizer que tudo correu como o planejado.
Hoje, grandes sites – como Google, Facebook, Bing e Yahoo – ativam permanentemente o IPv6. Grandes provedores de internet (como AT&T, Comcast e KDDI) também vão garantir acesso através do novo protocolo, e Cisco e D-Link vão ativá-lo por padrão em roteadores domésticos. Clique aqui para saber se você está pronto para o IPv6.
A transição para o IPv6 é necessária porque já quase esgotamos os bilhões de endereços possíveis com o sistema IPv4. Ele foi criado em 1981 e, na época, a internet era apenas um experimento. Ninguém imaginava que ela iria crescer tanto que 4,3 bilhões de endereços seriam pouco.
Para isso foi criado o padrão IPv6: usando hexadecimais, ele permite criar até 2^128 endereços IP, ou seja: 340 trilhões de trilhões de trilhões de endereços. Só que os endereços agora não têm a cara simpática do 192.168.1.1 no seu roteador: são oito combinações de quatro números, como 2001:0db8:85a3:0000:0000:8a2e:0370:7334.
Isto faz lembrar como os números de telefone foram crescendo com o tempo, ganhando mais dígitos para permitir a criação de mais números. O IPv6 só ganhou todos os dígitos de uma vez.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Senador defensor do SOPA quer controlar transações financeiras na internet.

Projeto de lei proposto por Lamar Smith registraria por 18 meses o IP do internauta, mantendo um histórico de comunicações na internet.



 
(Fonte da imagem: SlashGear)

SOPA e o PIPA foram deixados de lado por enquanto, mas isso não significa que o trabalho do senador norte-americano Lamar Smith, uma das principais bandeiras de apoio ao projeto, tenha chegado ao fim. Outro projeto de lei proposto por Smith promete abalar as estruturas da web, caso seja aprovado.
Trata-se do HR 1981, uma proposta que obriga os provedores de internet a rastrear e manter armazenados, por 18 meses, todos os dados referentes às suas transações financeiras online. Assim, cada vez que você usar o cartão de crédito, por exemplo, suas informações de IP e histórico de pesquisa são armazenadas em um banco de dados.
Segundo Lamar, a ideia não é controlar aquilo que os cidadãos de bem fazem, mas sim apertar o cerco contra a pornografia infantil.  Assim, com as informações sendo armazenadas pelos provedores, o governo poderia solicitar o conteúdo quando necessário. Na prática, você estaria sendo vigiado e gravado mesmo sem fazer nada de errado.
O projeto ainda está em análise e segue tramitando, o que significa que muito em breve deve ser apresentado para votação.

SOPA e PIPA violam os direitos humanos, afirma criador da World Wide Web (www).

Tim Berners-Lee cobra reação pública contra os projetos de lei.


Criador da World Wide Web (www) comenta sobre o SOPA (Fonte da imagem: Paul Clarke)

O criador da World Wide Web manifestou, na Lotusphere (conferência anual da IBM), o seu desagrado em relação aos projetos de lei antipirataria apresentados no congresso estadunidense. De acordo com Tim Berners-Lee, tanto o SOPA (Stop Online Piracy Act) quanto o PIPA (Protect Intellectual Property Act) não foram elaborados “como seria apropriado em um país democrático”.
Ainda durante o evento, Berners-Lee disse que os referidos projetos dão ao governo dos EUA o direito de impor censura sobre os conteúdos da internet. “Se você está nos Estados Unidos da América, você deveria fazer algo, ligar para alguém ou mandar um email para protestar contra esses projetos, porque eles não foram elaborados para respeitar os direitos humanos.”
Em decorrência da grande quantidade de críticas que recebeu, o SOPA passa atualmente por uma revisão. Os protestos contra os projetos foram ainda reforçados pelos “apagões” de diversos sites durante a semana passada. Fique ligado no Tecmundo para mais novidades.

Hackers Planejam Criar a Space Web: A Internet Sem Lei do Futuro


Hackers alemães planejam criar uma internet no espaço para fugir de ameaças como o SOPA, o PIPA e o ACTA.



Se a internet já não é mais a mesma, que tal criar uma nova? Essa é a justamente a proposta de um grupo de hackers alemães que, preocupados com os possíveis desdobramentos que projetos de lei como o SOPA, o PIPA e o ACTA podem trazer para os internautas, tiveram a ideia de criar um servidor onde a legislação de nenhum país é capaz de incomodar: no espaço.
A chamada “space web” seria possível graças ao lançamento de um satélite particular, que ficaria responsável por estabelecer as comunicações da mesma maneira que um ponto fixo aqui na Terra seria capaz de fazê-lo. A proposta surgiu durante o Chaos Communications Congress, realizado na cidade de Berlim, na Alemanha.

Afinal, essa é uma ideia viável?



Sim, em tese é possível mesmo para um grupo amador enviar um satélite para o espaço. O maior problema em uma situação como essa é o tempo que essa tarefa pode levar para ser concluída. Embora o grupo Shack Stuttgart Hackerspace afirme contar com profissionais, estudiosos e cientistas capacitados para a tarefa, a corrida contra o tempo e a falta de investimentos podem ser os maiores empecilhos do projeto.
A ideia pode soar utópica, mas os planos para a criação da Rede Hackerspace Global são bastante claros e organizados. O envio de um satélite permitiria que as informações fossem centralizadas em um lugar onde o controle das leis terrestres não existe e, por isso mesmo, não pode ser regulamentado.
Contudo, qualquer coisa que seja lançada acima da estratosfera requer muito trabalho e pesquisa. Além da obtenção do material para que isso seja possível, é preciso criar ainda estações de base móvel para que os sinais recebidos a partir do dispositivo em órbita possam ser distribuídos, algo complicado devido à imprevisibilidade de movimentos.

Onde lei nenhuma jamais esteve


O Hackerspace Global Grid (HGG) ainda está em fase inicial de projeto e o primeiro passo é pensar em quais serão os softwares necessários para viabilizar a empreitada. O grupo é aberto e todos os internautas que desejam participar podem visitar a página oficial da equipe (em inglês, disponível neste link). Atualmente, as primeiras linhas de código estão sendo escritas.
Entretanto, é preciso fazer algumas ressalvas aos “benefícios” de um espaço sem leis para regulamentação da internet. Da mesma forma que o grupo de hackers pode lançar um satélite para viabilizar uma internet alternativa, nada impede que algum país possa contra-atacar no espaço, boicotando ou até mesmo destruindo o satélite em questão.
E isso pode acontecer não apenas por conta do SOPA, mas principalmente por parte de países que veem na internet livre uma ameaça para o seu governo, como é o caso da China e de alguns países do Oriente Médio.

Uma iniciativa valiosa



Um dos líderes do projeto é o ativista hacker Nick Farr. Segundo ele, as primeiras movimentações do SOPA foram as principais responsáveis por motivar o projeto que, depois da apresentação no evento em Berlim, ganhou adeptos e se popularizou na comunidade hacker.
Eles se baseiam na iniciativa de entusiastas amadores, que já conseguiram lançar objetos acima da estratosfera. Balões de alta altitude têm sido usados para colocar câmeras e podem permanecer por um longo tempo no espaço, mas não são os mais adequados para suportar um satélite.
Em uma iniciativa ainda mais ousada, o grupo hacker pretende até mesmo colocar um astronauta amador na Lua em no máximo 23 anos. “Sabemos das nossas limitações e temos ciência de que esse é um projeto bastante ambicioso, por isso vamos tentar algo menor primeiro”, destaca Armin Bauer, entusiasta do assunto, morador da cidade de Stuttgart, que está colaborando com o grupo.
Se tudo der certo para a equipe, ainda neste ano os primeiros testes começarão a ser realizados, em uma escala que não visa resultados práticos. Será que os hackers conseguirão romper a fronteira final e transformar a internet em um lugar aonde lei nenhuma é capaz de chegar?


sábado, 21 de janeiro de 2012

Após protestos, Congresso dos EUA adia discussão de leis antipirataria.


Projetos Pipa e Sopa previam punições mais rígidas.
Na última quarta, diversos sites saíram do ar contra os projetos de lei.


O senador Harry Reid foi ao Twitter para anunciar o adiamento da votação (Foto: Reprodução)O senador Harry Reid foi ao Twitter para anunciar
o adiamento da votação (Foto: Reprodução)

O Congresso norte-americano anunciou o adiamento da votação do projeto de lei antipirataria Pipa (siga para ato para proteção da propriedade intelectual) e deixou "em espera" outro projeto semelhante, o Sopa (Stop Online Piracy Act), segundo comunicados divulgados nesta sexta-feira (20). Na última quarta (18), diversos sites ficaram fora do ar em protesto contra o Pipa e o Sopa.
Entenda os projetos de lei

O Stop Online Piracy Act (Sopa), que tramita na Câmara dos Representantes dos EUA, é um projeto de lei com regras mais rígidas contra a pirataria digital no país. Ele prevê o bloqueio no país, por meio de sites de busca, por exemplo, a determinado site acusado de infringir direitos autorais. O foco está principalmente em sites estrangeiros, contra os quais as empresas americanas pouco podem agir. No Senado, circula o Protect IP Act, o Pipa, outro projeto sobre direitos autorais que mira a internet. Ambos são apoiados por empresas de entretenimento, constantes alvos de pirataria, mas são questionados por companhias de internet, como Google, Facebook, Amazon e Twitter, que interpretam as medidas como um tipo de censura aos sites e à liberdade de expressão.

Propostas não foram abandonadas
O Senado norte-americano anunciou o adiamento da votação do Pipa, que estava prevista para a próxima terça-feira (24), "por causa dos eventos recentes”, anunciou o senador Harry Reid.

Sobre o Sopa, a Câmara de Representantes anunciou que “adiará” a consideração do projeto de lei até que haja um consenso mais amplo sobre a solução para o “problema da pirataria on-line”. O senador Lamar Smith, autor do projeto, emitiu um comunicado, dizendo que o problema é grande demais para ser ignorado. "Ouvi os críticos sobre a proposta e é claro que precisamos revisar a as maneiras de solucionar o problema”, afirmou.
Os dois projetos já haviam pedido apoio de alguns parlamentares no dia dos protestos. Apesar de anunciar o adiamento da votação do Pipa, o senador Reid deixou claro que a questão ainda precisa ser resolvida. “Não há razão para que os problemas levantados por esse projeto de lei não possam ser resolvidos. A pirataria custa à economia norte-americana bilhões de dólares e milhares de empregos todos os anos”, diz o comunicado.
“Vivemos em um país em que as pessoas esperam, de maneira correta, que sejam compensadas de maneira justa por um dia de trabalho –seja essa pessoa um mineiro no deserto de Nevada ou uma banda de Nova York”, afirmou Reid, completando que admira o trabalho que Leahy Patrick, senador que criou o Pipa, colocou no projeto de lei. “Recomendo que Leahy procure um equilíbrio melhor entre a proteção da propriedade intelectual e a manutenção da abertura e da inovação da internet”.
Lamar Smith, autor do Sopa, assumiu ter deixado o projeto de lei “em espera”, mas afirmou que “continuará a trabalhar com empresas de internet e detentores dos direitos autorais para combater a pirataria on-line e proteger a propriedade intelectual norte-americana”.
Página inicial da Wikipédia exibe a mensagem: "Imagine o mundo sem conhecimento livre" (Foto: Reprodução)
Página inicial da Wikipédia exibiu a mensagem:
"Imagine o mundo sem conhecimento livre"
(Foto: Reprodução)
Protestos
Na internet, a principal ação contra o Sopa e o Pipa veio da Wikipédia, enciclopédia on-line colaborativa, cuja versão em inglês ficou fora do ar durante toda a quarta.

O Google em inglês não ficou fora do ar, mas também publicou uma mensagem em sua página inicial, convidando cidadãos americanos a participarem de um abaixo-assinado contra as propostas. Um dia depois, a empresa divulgou que 4,5 milhões assinaram o documento.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, também postou na rede social sobre os projetos: "Não podemos deixar que as leis pouco pensadas fiquem no caminho do desenvolvimento da internet. Facebook se opõe ao Sopa e ao Pipa e continuaremos a nos opor a todas as leis que irão prejudicar a internet."
O site de classificados Craigslist, o site de criação e hospedagem de blogs WordPress e o Mozilla Firefox também estamparam mensagens em suas páginas iniciais. Não há números oficiais de quantos sites aderiram aos protestos, mas as estimativas são de que 10 mil tenham participado.
Fechamento do Megaupload
Na última quinta (19), com base em leis já existentes nos EUA, o FBI, a polícia federal americana, fechou um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos do mundo, o Megaupload. O fundador da companhia e vários de seus executivos foram acusados formalmente de violar leis antipirataria dos EUA, informaram promotores federais do país.

Em represália, também na quinta, o grupo hacker Anonnymous anunciou no Twitter que derrubou os sites do FBI, do Departamento de Justiça americano, da Universal Music, da Associação de Filmes dos EUA e da Associação da Indústria Fonográfica do país.


Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2012/

Google protesta contra SOPA.


Eduardo MoreiraPara o TechTudo

Conforme foi anunciado nos últimos dias, o Google também aderiu à corrente de protestos contra a aprovação das novas regras antipirataria que estão em discussão no Congresso dos Estados Unidos. Para isso, adicionou na página inicial da versão norte-americana do seu buscador um link para um infográfico, que mostra o tamanho do envolvimento dos internautas americanos contra as tais leis. Além disso, o gigante da internet também utilizou uma tarja preta, mostrando que o SOPA servirá apenas para censurar a liberdade de expressão.
Tarja preta que o Google colocou em portesto contra SOPA (Foto: Reprodução)Tarja preta que o Google colocou em portesto contra SOPA (Foto: Reprodução)
Explicando para aqueles que ainda não estão por dentro do assunto. O projeto de lei SOPA (ou Stop Online Piracy Act) prevê regras mais rígidas contra a pirataria digital em território norte-americano, como bloqueio de conteúdo no país aos sites que infringem os direitos autorais. Esse bloqueio seria aplicado aos mecanismos de busca existentes e tem como objetivo atingir principalmente os sites estrangeiros.
Quem apoia abertamente o SOPA são as empresas de entretenimento, como produtoras de filmes e empresas da indústria fonográfica. Uma proposta semelhante, a PIPA (Protect IP Act) será votada no Senado em 24 de janeiro, e prevê, entre outras mudanças, o bloqueio de endereços de internet relacionados, de alguma forma, com aquilo que os órgãos regulamentares entenderem como pirataria.
Gigantes da internet, como Google, AOL, Facebook, Amazon e Twitter questionam as tais leis, pois as mesmas podem ser interpretadas como censura à liberdade de expressão.
Na prática, dependendo do tipo de interpretação que os órgãos regulamentares aplicarem ao conteúdo divulgado, postagens em blogs, republicação de links no Facebook ou “retweets” podem ser considerados violações aos direitos daquele conteúdo. Além disso, sites estrangeiros, como é o caso da Wikipedia, poderiam ficar indisponíveis em território norte-americano.
Infográfico mostra o crescimento da campanha anti-SOPA e PIPA (Foto: Reprodução)Infográfico mostra o crescimento da campanha anti-SOPA e PIPA (Foto: Reprodução)

O infográfico publicado pelo Google hoje (18/01) mostra como o volume de pessoas contra o SOPA e o PIPA cresceu. Os protestos começaram Vint Cerf, um dos “pais” da internet, que chegou a mandar uma carta para o Congresso dos Estados Unidos, se manifestando contra as leis em discussão. Steve Crocker, David Dagon, Dan Kaminsky, Danny McPherson e Paul Vixie, especialistas em segurança na web, alertaram sobre os efeitos colaterais do PIPA, e isso fez com que gigantes da tecnologia entrassem na briga.
Fundadores de grandes empresas de tecnologia e internet, como Sergey Brin, Jack Dorsey, Chad Hurley, Biz Stone, Jimmy Wales e Jerry Yang enviaram ao Congresso uma carta aberta, manifestando a desaprovação das leis em discussão. O manifesto foi crescendo, até virar uma campanha online, disponível no site AmericanCensorship.org. Segundo o infográfico do Google, mais de 3 milhões de norte-americanos já se manifestaram contrários ao SOPA e PIPA. E eles querem (e merecem) ser ouvidos.
Hoje, diversos sites e serviços de internet fazem o seu manifesto, das mais diversas formas. Além do Google e da Wikipedia (cuja versão norte-americana está fora do ar), serviços como Craigslist, WordPress, Twitpic, Twitter, entre outros, divulgam textos e notas sobre o assunto, convocando os internautas a protestarem contra as tais leis.

Entenda o Sopa e o Pipa, projetos de lei que motivam protestos de sites


Propostas aprovadas por estúdios são repudiadas por empresas de internet.
Elas ainda tramitam no Congresso americano.



Dois projetos de lei, o Stop Online Piracy Act (pare com a pirataria on-line, em tradução livre), conhecido como Sopa, e "Protect IP Act" (ato para proteção da propriedade intelectual), chamado de Pipa, que estão no Congresso dos Estados Unidos, provocaram manifestações ou interrupções de serviços de sites importantes como Google, Wikipedia e Craigslist, de classificados, nesta quarta-feira (18).
Ambos os projetos de lei visam combater a pirataria na internet.  O Pipa deverá será votada pelo Senado norte-americano no dia 24 de janeiro. O Sopa ainda está sendo avaliado por comissão na Câmara.
No Sopa, a proposta é ter penas de até 5 anos de prisão para os condenados por compartilhar conteúdo pirata por 10 ou mais vezes ao longo de 6 meses. Os sites como Google e Facebook, por exemplo, também poderiam ser punidos pela acusação de "permitir ou facilitar" a pirataria. A pena seria o encerramento dos serviços e banimento de provedores de internet, sistemas de pagamento e anunciantes em nível internacional.
Pela lei, qualquer site pode ser fechado apenas por ter conexão com outro site suspeito de pirataria a pedido do governo dos EUA ou dos geradores de conteúdo. Ferramentas de busca como o Google, por exemplo, teriam que remover dos resultados das pesquisas endereços que compartilhem conteúdo pirata, correndo o risco de punição.
Quem é a favorAs propostas têm apoio de emissoras de TV, gravadoras de músicas, estúdios de cinema e editoras de livros, que se sentem lesadas com a livre distribuição de filmes e músicas na web, principalmente em servidores internacionais. Disney, Universal, Paramount, Sonyx e Warner Bros. apoiam esses projetos.
Quem é contra
Já empresas de tecnologia como Google, Facebook, Wikipedia, Craigslist, WordPress, entre outros, são contra os projetos de lei, alegando que, caso aprovados, eles teriam menos liberdade da internet e dão poderes em excesso para quem quiser tirar os endereços do ar, prejudicando o funcionamento da web em todo o mundo.
A Casa Branca também se manifestou contra os projetos, afirmando que eles podem atentar contra a liberdade de expressão na internet. Sem o apoio, eles podem sofrer modificações ou até serem diluídos no Congresso e no Senado americanos.
Em mensagem publicada em seu blog no último fim de semana, a Casa Branca afirmou que não pode apoiar "um projeto de lei que reduz a liberdade de expressão, amplia os riscos de segurança na computação ou solapa o dinamismo e inovação da internet global".